Rías Baixas
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A história dessa denominação é interessante. A começar pelo nome...
Criada em 1980, com o nome Albariño, precisou se adaptar às leis da União Europeia, depois que a Espanha passou a fazer parte do bloco, em 1986, pois não era permitido haver uma denominação de origem com nome de uva. Assim, desde 1988, a denominação passou a ser oficialmente reconhecida como Rías Baixas.
E de onde veio esse nome? Ría é um estuário, ou seja, o destino final de um rio, onde ocorre a mistura da água salgada do mar e da água doce do rio. Esta terra exuberante é caracterizada por desembocaduras profundas e amplas. O grupo sul destas rίas é conhecido como Rίas Baixas, ou seja, estuários inferiores.
Os vinhedos de Rίas Baixas estão todos localizados dentro da província de Pontevedra, na Galiza, noroeste da Espanha, e essa é a denominação de origem mais importante da região.
Segundo o Conselho Regulador de Rías Baixas, a região compreende mais de 6.500 viticultores, que fornecem suas uvas para quase 180 vinícolas. A produção anual gira em torno de 23 milhões de litros, ou 30 milhões de garrafas.
A grande maioria do cultivo, 97%, corresponde à cepa Albariño. Mas algumas outras uvas também são permitidas pela legislação. São elas as brancas Loureira blanca (ou Marqués), Treixadura, Caiño blanco, Torrontés e Godello, e as tintas Caiño tinto, Espadeiro, Loureira tinta e Sousón.
E como são esses vinhos? Eles podem ser de diferentes maneiras, assim:
Rías Baixas Albariño: vinho monovarietal 100% Albariño. Para ler sobre essa uva, clique aqui.
Rías Baixas Condado de Tea: Albariño e Treixadura em pelo menos 70% do corte, sendo as uvas produzidas no Condado do Tea.
Rías Baixas Rosal: Albariño e Loureira em pelo menos 70% do corte, sendo as uvas produzidas em Rosal.
Rías Baixas Val do Salnés: Albariño em pelo menos 70% do corte, sendo as uvas produzidas em Val do Salnés.
Rías Baixas Ribeira do Ulla: Albariño em pelo menos 70% do corte, sendo as uvas produzidas em Ribeira do Ulla.
Rías Baixas: produzido somente com as uvas brancas permitidas, preferencialmente Albariño, Loureira, Treixadura e Caiño, que devem representar pelo menos 70% do vinho.
Rías Baixas Barrica: envelhecido em carvalho por um período mínimo de três meses.
Rías Baixas Tinto: produzido somente com as uvas tintas permitidas.
Rías Baixas Espumoso: produzido somente com as uvas permitidas, e com as técnicas de vinificação estabelecidas em lei.
A grande característica que identifica os vinhos de Rías Baixas são os aromas afiados, intensamente florais e frutados.
Os varietais de Albariño, ícones da denominação, são extremamente agradáveis, de intensidade e persistência médias. São vinhos frescos, harmoniosos, equilibrados e de grande acidez. O seu sabor é elegante e complexo.
Conheça Rías Baixas. Se não pessoalmente, através dos seus vinhos...
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