Champagne, navios e superstição!

Existem duas tradições medievais no transporte marítimo: o poder absoluto do comandante e o batismo do navio. Todo navio, antes de sair para a sua primeira viagem, é batizado, em uma cerimônia, com a quebra de uma garrafa de champanhe. Trata-se de uma tradição para proteger a embarcação dos perigos do mar; não é uma lei nem uma regra.

Na Idade Média, e no início das Grandes Navegações, o batismo era realizado por um sacerdote, que banhava o navio com vinho, simbolizando o sacramento, e também com água, simbolizando a purificação. 

Batismos de navios se tornaram importantes eventos públicos, com grandes multidões reunidas para testemunhar a cerimônia. Champagne tornou-se a bebida padrão para o ritual, com a quebra de uma garrafa na proa da embarcação, próximo ao seu nome. E, em algum momento não definido na linha do tempo, desenvolveu-se a tradição de que uma mulher é quem “faz as honras da casa”.

A preocupação com o lançamento de navios nesse elemento imprevisível e implacável, que é o mar, sempre esteve presente ao longo da história. Outro rito comum no passado era despejar uma taça de vinho para aplacar a fúria de Poseidon. Dependendo da riqueza do proprietário do navio, até a própria taça, de metal precioso, era atirada como oferta ao “deus supremo do mar”.

São muitas as práticas descritas a fim de trazer boa sorte à navegação. Na Inglaterra, por exemplo, derramava-se vinho no convés do navio, bebendo-se em homenagem à saúde do rei, em um cálice de ouro que era, posteriormente, atirado ao mar.

Há inúmeros relatos e lendas que relacionam infortúnios na viagem a problemas relacionados com imprevistos na cerimônia de batismo, que seriam um mau presságio. No batismo do Costa Concórdia (que naufragou em 13/01/2012), diz-se que a garrafa de champagne bateu no casco e voltou intacta. Até no caso do Titanic, conta a lenda que a bebida não chegou a tempo para o batismo.

Um caso menos trágico, e mais pitoresco, é o que a imprensa britânica chamou de “A maldição de Camilla”. A duquesa de Cornualha, e esposa do príncipe Charles, ao batizar um navio de mais de 2.000 passageiros, em 2007, não conseguiu quebrar a garrafa de champagne. Pois bem, os primeiros cruzeiros realizados por esse navio foram marcados por surtos de uma doença viral, afligindo todos os passageiros. Se foi coincidência ou não, nunca saberemos. O que sabemos é que os tabloides ingleses adoram uma fofoca, e às vezes são cruéis...

Também houve casos em que se usaram bebidas não alcoólicas para lançar navios, mas isso também parece ter trazido má sorte...

Pois é, a tradição de livrar o navio dos perigos do mar, por meio do batismo, é uma superstição que, na dúvida, parece melhor que seja levada em consideração.

 




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